quarta-feira, 28 de junho de 2017

[9º Encontro da Turma de Promotoras Legais Populares da Ceilândia. Tema do dia: Assédio Sexual]


No dia 17 de Junho tivemos nosso nono encontro, o qual teve como tema o assédio sexual vivido diariamente pelas mulheres. A relatoria a seguir feita por Amanda de Carvalho mostra com maiores detalhes a forma que o assunto foi abordado e as reflexões deixadas para as cursistas neste sábado.


[17/06]



Relatoria referente ao encontro realizado dia 17 de junho de 2017, da qual trazia  o tema “Assédio” para ser discutido na oficina.
Após a chegada das cursistas  inicialmente foram formados pequenos grupos  entre as participantes e a partir daí foram distribuídas diferentes  letras de músicas para cada grupo. O intuito  dessa atividade era fazer com que cada membra do grupo lesse o conteúdo da letra das músicas e assim discutissem sobre o ponto de vista que  isso impactava na realidade.
As letras de músicas distribuídas foram:
• Lôra burra – Gabriel, O Pensador
• Levanta o copo – Aviões do  forró
• Se – Djavan
• Me lambe – Raimundos
• Garagem da vizinha -  Rio Negro e Solimões
Falta uma de funk*** (não lembro qual foi)
Em seguida foi feita uma roda para que todas pudessem compartilhar sobre o ponto de vista que havia sido discutido sobre a música respectiva de cada grupo. Sendo assim uma representante de cada grupo foi escolhida para  comentar sobre.
Logo que foi se discorrendo sobre a roda o que cada letra trazia, foi perceptível como a cultura do assédio, abuso,  falta de respeito, sexualização da figura feminina entre outros argumentos estão presentes e intrínsecos em nossa sociedade, no nosso dia a dia e na nossa pele.
Algumas letras causaram bastante impacto, o que deixou a discussão mais acalorada, já outras nem tanto.  E vale ressaltar que foram letras de músicas de variados estilos musicais e não se restringiu a apenas um tipo de estilo musical, ou seja, o hábito de colocar a mulher como apenas uma figura/ objeto sexual, ou que a menospreze pelo que ela é; parece ser tratado de forma natural e que dificilmente alguém vá parar analisar o que está sendo passado pelo que se está ouvindo independente do ritmo musical.
Houve a parada para o lanche, logo depois foi dado início a segunda atividade realizada neste dia.
Foi pedido para que as participantes levantassem de suas cadeiras e se juntassem no centro da sala e ficassem bem próximas umas das outras e que fechassem seus olhos, em seguida a mediadora desta atividade pediu para todas pensassem no que havia sido discutido  na primeira atividade e assim elas emitissem sons ou palavras que significasse uma reação ao assédio.
Feito isso as participantes que foram pronunciando as palavras foram sendo retiradas do pequeno círculo e enquanto isso as outras que ficaram em silêncio permaneceram no círculo. Após isso a mediadora  pediu para que as participantes que pronunciaram as palavras repetissem várias vezes em voz alta para que assim as participantes que mantiveram-se em silêncio se direcionassem ainda de olhos fechados para o som que elas se identificavam e a partir daí se formaram pequenos grupos.
Foi dado um tempo para que  os grupos conversassem sobre a escolha do som que seguiram após isso a mediadora  direcionou o que seria feito após  as palavras ditas anteriormente e também sobre o que foi conversado, foi distribuído aos grupos uma folha branca  no intuito de que os mesmos fizessem uma espécie de poema que seria construído por todas ali presentes. Cada uma escrevia um verso e dobrava a folha para que a próxima a escrever não lesse os versos anteriores. No final da oficina foi feita uma roda com todas em pé e cada  representante dos grupos leu para todas o poema construído “as cegas”. E a finalidade destes pequenos poemas foi  uma feliz  contribuição, pois todos ficaram muito bons.


Amanda D. De Carvalho


9º encontro das promotoras legais populares.

Veja também a relatoria do nosso 8º encontro.

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